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Gripe A: vacinação

 

Vacinação contra H1N1 já imunizou 30 milhões de pessoas, indica balanço do Ministério da Saúde
22/04/2010 10h34


Às 15h30, do dia 20/4, o Ministério da Saúde contabilizou 30 milhões de pessoas vacinadas contra a gripe. As gestantes ultrapassaram 55% de cobertura (1.658.049 milhões de doses). Os doentes crônicos alcançaram 7.844.894 milhões doses aplicadas e os jovens de 20 a 29 anos atingiram 15.583.394 pessoas imunizadas. Pesquisa que entrevistou 1.500 pessoas sobre a vacinação contra a gripe H1N1, aponta que 40% do público-alvo das primeiras três etapas da campanha afirma que “não teve tempo” para ir a um posto e receber a sua dose de vacina.

A vacinação entre as crianças (2.856.672 milhões de doses aplicadas, correspondendo a 88% de população-alvo) e os profissionais de saúde (2.541.223 milhões, 100% da população-alvo) já ultrapassou a meta prevista, mas é importante que as crianças que ainda não foram vacinadas também procurem as unidades de saúde. Na etapa que se encerra nesta semana, os postos de saúde estão vacinando crianças de seis meses a menores de 2 anos, doentes crônicos com menos de 60 anos, jovens de 20 a 29 anos e gestantes. As gestantes tem ainda as demais etapas para serem vacinadas, mas é importante que se protejam o mais precoce possível, pois representa um grupo muito vulnerável para complicações pela influenza H1N1.

A pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde foi realizada de 7 a 10/4 e entrevistou, por telefone, 1.504 pessoas em todo o país, mantendo a proporção de pessoas por região, sexo, idade e renda. O medo de reação aparece em somente 7% dessa população, embora apenas 3% dos entrevistados dizem que não querem ser imunizados.

“A população deve ficar atenta para o calendário e não deixar para se vacinar na última hora. Garantir a sua imunização agora é a certeza de que não terá problemas maiores quando chegarmos nos meses de maior transmissão da doenças respiratórias”, afirma o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O ministro reforça que há 36 mil postos abertos – garantindo um atendimento mais próximo da residência ou do trabalho das pessoas – e a vacinação é rápida.

Em 2010, foram registrados 361 casos graves da gripe H1N1, até o dia 3/4. Desse total, um em cada cinco casos esteve relacionado à gestação. Em relação às mortes, um total de 50, as mulheres correspondem a 76% do total e as gestantes 32%. No ano passado, os 2.051 óbitos registrados, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas. Entre as grávidas (189 morreram, ao todo), a mortalidade foi 50% maior que na população geral. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos (416, no total). E as crianças menores de dois anos tiveram a maior taxa de incidência da doença no ano passado (154 casos por 100 mil habitantes).

Das etapas em curso, os jovens são os que registram a maior taxa entre os que alegam não ter tempo para se vacinar. Entre eles, 59% disseram ter esse tipo de dificuldade, seguidos das gestantes (41%) e doentes crônicos (29%). Na população geral, a campanha de vacinação é conhecida por mais de 99% das pessoas em todas as regiões e 82% relatam que estão bem informadas ou já tomaram a vacina. Entre eles, 89% afirmam que sabem onde há um posto de vacinação ou já se vacinaram.

Fonte: Ministério da Saúde

 

 

 

 

 

 

Estudo revela poucos registros de reações adversas à vacina contra H1N1
14/04/2010 10h55


O número de casos de síndrome de Guillain-Barré (SGB) depois da vacinação contra a gripe suína é menor que o esperado, segundo estudo divulgado em 13/4 no Encontro Anual da Academia Americana de Neurologia. O resultado confirma pesquisas anteriores que demonstravam a segurança da vacina.

A síndrome surge quando as defesas imunológicas atacam o sistema nervoso periférico. Os sintomas iniciais são formigamento e fraqueza. Pode evoluir para quadros de paralisia.

Temia-se a repetição do que aconteceu na campanha de imunização para a gripe H1N1 de 1976, quando o número de ocorrências da síndrome permitiu estabelecer uma relação direta entre a vacina e a doença.

Agora, o sistema de vigilância dos eventos adversos da vacina, nos EUA, mostrou que houve pouquíssimos casos de SGB, menos até do que o observado na imunização contra gripe sazonal, em 2009.

Para 10 milhões de doses da vacina contra gripe suína, houve 3,5 casos da SGB. No caso da influenza sazonal, houve 7,3 casos para um universo semelhante.

A infectologista Nancy Bellei, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), acredita que resultados assim são importantes para garantir adesão às campanhas. "Parte da comunidade médica ainda está muito tímida e não aconselha claramente seus pacientes a tomar a vacina", diz Nancy.

 

 

 

 

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Brasileiros começarão a testar um novo medicamento contra H1N1
19/04/2010 11h57


A gripe suína está de volta ao cotidiano do país. Na semana passada, a baixa adesão ao programa de vacinação de gestantes, doentes crônicos e pessoas com idade entre 20 e 29 anos, que estão entre os mais vulneráveis à doença, foi motivo de apelo para que as pessoas compareçam aos postos de vacinação. Até o dia 14/4, números do Ministério da Saúde indicavam que 20,4 milhões de pessoas haviam sido vacinadas, o equivalente a 34,8% da população-alvo, a 48,7% das gestantes e a 20,2% dos adultos jovens. Apesar das dificuldades, o governo não pretendia prorrogar a campanha.

A data limite para a imunização de grávidas, doentes crônicos e crianças é 23/4. “Pode ser que as pessoas tenham ficado com a impressão de que a doença foi menos intensa do que se esperava”, diz o infectologista David Salomão Lewi, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. “Porém não se deve esquecer que há grupos mais sensíveis que podem ter sintomas intensos. Por isso é fundamental se vacinar.” Até o dia 3/4, o país registrou 361 casos graves. Cinquenta pessoas morreram, a maioria no Pará.

Vírus H1N1

A vacina A, como tem sido chamada, também começa a chegar às clínicas particulares, laboratórios de análises clínicas e hospitais. Atenderá o grupo que está fora da campanha pública: crianças e adolescentes com idade entre 2 e 20 anos e pessoas saudáveis de 40 a 59 anos.

Na maioria dos consultórios, existe lista de espera pela vacina trivalente, que protege contra o H1N1, o vírus causador da gripe suína, e outros dois subtipos de Influenza (responsáveis pela gripe comum). Esses estabelecimentos ainda oferecerão a vacina que imuniza só contra o H1N1 ou contra a gripe sazonal. A vacina H1N1 não pode ser comprada ou ministrada em farmácias e drogarias.

Mais um remédio 

Não há problema em tomar a trivalente, mas o infectologista Artur Timerman, do Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo, considera exagero. “O grupo que precisa da vacina H1N1 é diferente daquele que deve tomar a vacina contra a gripe sazonal, que afeta mais pessoas acima dos 60 anos”, afirma.

Ele diz ainda que a vacinação e a disseminação do vírus no ano passado podem reduzir a quantidade de indivíduos que terão a gripe, mas isso não interfere na sua intensidade. “O vírus continua o mesmo”, alerta.

Em maio devem começar também os testes no Brasil com o peramivir, um novo remédio contra o H1N1. “No estudo, o remédio será ministrado em conjunto com o Tamiflu”, diz o infectologista Luiz Carlos Pereira, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, de São Paulo. O medicamento inibe a enzima neuraminidase, contida no vírus. Sem a ajuda dessa substância, o H1N1 não entra nas células. Portanto, não se multiplica. A droga já é usada nos EUA, México, Japão e Israel para doentes em estado grave, os que não conseguem tomar medicamentos por via oral e para aqueles que apresentam resistência ao Tamiflu.

Fonte: Revista Isto É